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Taxa SELIC: o que ela é e como afeta o mercado?

By | Finanças

Entender as causas e implicações da política monetária pode ser bem complexo. Porém, um instrumento merece atenção especial: a taxa SELIC.
Neste texto, você descobre o motivo!

 

Apesar de a Economia Monetária ser um dos assuntos mais complexos no estudo das Ciências Econômicas, entender alguns de seus elementos é muito importante. Afinal, dinheiro, crédito, taxa de juros e inflação afetam a vida de todos, do cidadão comum ao empreendedor.

Em especial, compreender as variações dos preços, é indispensável para estabelecer estratégias dos negócios da sua empresa de forma assertiva. Se você acompanha os jornais, certamente, já ouviu falar da taxa SELIC e o quanto ela é determinante na conjuntura econômica.

Definitivamente, é um assunto que merece sua atenção. Por isso, decidimos elaborar esse texto para sanar as dúvidas mais recorrentes sobre a SELIC. Continue conosco para entender o que significa essa taxa, para que serve, seus impactos e suas variações. Boa leitura!

 

O que é a Taxa SELIC e como ela é definida?

 

De forma sintética, a SELIC é a taxa básica de juros da economia. Isso significa que é a referência para determinar todas as taxas de juros do país, como as de empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Esta taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão do Banco Central. Seu objetivo principal é estabelecer alguns critérios importantes sobre a economia do Brasil, que impactam diretamente o dia a dia e os investimentos dos brasileiros.

A missão do Copom é consonante com a do Banco Central, por isso, a ideia é garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.

Quanto às suas variações recentes, Renato Rosa, doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que ao longo do ano de 2021, o Copom elevou a meta da SELIC por quatro vezes consecutivas, passando de 2,00% a.a. em janeiro para 5,25% a.a. em agosto.

Segundo o economista, a expectativa do mercado é que a SELIC chegue, até o final do ano, em 7,50% a.a.. A explicação para esses aumentos é a aceleração da inflação, que atualmente está acima do teto da meta. Isso porque, no Brasil, a política monetária é orientada pelo Regime de Metas de Inflação.

Neste regime, para manter a inflação baixa, estável e previsível, anuncia-se, publicamente, uma meta para a inflação futura, sob a qual todos os agentes econômicos formam suas expectativas sobre a inflação futura. Deste modo,  desvios da inflação em relação à meta podem ser corrigidos ao longo do tempo.

 

Meta para Inflação

Fonte: Banco Central

 

Para que serve e como impacta a economia

 

Como vimos anteriormente, a SELIC é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país: taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Os impactos dos ajustes na taxa SELIC são sistêmicos, tanto para empresas e famílias, quanto para a conjuntura econômica. Confira nas ilustrações abaixo:

Impactos da Selic para Empresas e Famílias

Impactos da Selic para Empresas e Famílias

Impactos da Selic na Economia

Impactos da Selic na Economia

 

Portanto, é muito importante acompanhar as variações e expectativas sobre a taxa SELIC, principalmente na elaboração de planejamento de médio prazo para sua empresa. A seguir, explicaremos melhor os mecanismos que fazem a taxa SELIC variar.

 

O que faz subir e descer

 

A inflação nada mais é do que o aumento proporcional do nível de preços de bens e serviços.  Isso significa que ela é uma variação percentual, um aumento de um índice em relação ao seu patamar.

Na prática, observamos que, com a inflação, o valor da moeda é corroído, logo seu poder de compra diminui.

Tendo isso em vista, o Banco Central utiliza instrumentos de política monetária para manter este índice inferior ao teto da meta estabelecida pelo Copom. 

Assim, se a inflação (ou expectativa de inflação) está elevada, o BC deve subir a taxa de juros, tornando o crédito mais caro e desaquecendo a economia.

De forma bastante resumida, o Banco Central conduz o movimento da alta ou baixa dos juros a partir da negociação de “mercado aberto” de títulos públicos com as instituições financeiras – fundamentado no princípio da oferta e da procura. 

O objetivo dessas negociações, que ocorrem diariamente, é manter o valor da  taxa de juros real próxima ao valor da meta, definido pelo Copom. Ao aumentar ou diminuir a oferta de títulos, o BC procura manter os juros próximos do valor definido pelo Copom.

Agora você sabe como a taxa básica de juros da economia se movimenta e quais impactos essas variações podem causar na economia brasileira. 

Procure permanecer atento ao comportamento e às expectativas dos agentes econômicos do mercado, assim você tomará suas decisões financeiras com mais estratégia.

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